MANDIOCA

A lenda de Mani foi registrada em 1876, por Couto de Magalhães. Em domínio público, este foi o registro do folclorista:

"Em tempos idos, apareceu grávida a filha dum chefe selvagem, que residia nas imediações do lugar em que está hoje a cidade Santarém. O chefe quis punir no autor da desonra de sua filha a ofensa que sofrera seu orgulho e, para saber quem ele era, empregou debalde rogos, ameaças e por fim castigos severos. Tanto diante dos rogos como diante dos castigos a moça permaneceu inflexível, dizendo que nunca tinha tido relação com homem algum. O chefe tinha deliberado matá-la, quando lhe apareceu em sonho um homem branco que lhe disse que não matasse a moça, porque ela efetivamente era inocente, e não tinha tido relação com homem. Passados os nove meses, ela deu à luz uma menina lindíssima e branca, causando este último fato a surpresa não só da tribo como das nações vizinhas, que vieram visitar a criança, para ver aquela nova e desconhecida raça. A criança, que teve o nome de Mani e que andava e falava precocemente, morreu ao cabo de um ano, sem ter adoecido e sem dar mostras de dor. Foi ela enterrada dentro da própria casa, descobrindo-se e regando-se diariamente a sepultura, segundo o costume do povo. Ao cabo de algum tempo, brotou da cova uma planta que, por ser inteiramente desconhecida, deixaram de arrancar. Cresceu, floresceu e deu frutos. Os pássaros que comeram os frutos se embriagaram, e este fenômeno, desconhecido dos índios, aumentou-lhes a superstição pela planta. A terra afinal fendeu-se, cavaram-na e julgaram reconhecer no fruto que encontraram o corpo de Mani. Comeram-no e assim aprenderam a usar da mandioca."

No Brasil, a raiz tuberosa da mandioca é consumida na forma de farinhas, da qual se faz a farinha de mandioca e tapioca ou, em pedaços cozidos ou fritos. Está presente também no preparo de receitas típicas da Amazônia como o tacacá, o molho tucupí e com suas folhas cozidas prepara-se a maniçoba.

Dela também são feitas bebidas. Como o cauim (indígena) feito através de fermentação. Por meio de um processo de destilação é produzida uma cachaça ou aguardente de mandioca a tiquira. Possui elevado teor alcoólico. É comum no Estado do Maranhão mas é pouco conhecida no restante do Brasil.

Durante a implantação do Pró-álcool, a mandioca foi estudada como possível alternativa de matéria prima para a produção de etanol.

Dela também se faz outra farinha o polvilho (fécula de mandioca), doce ou azedo, que serve para a preparação de diversas comidas típicas como, o pão de queijo. Apesar de freqüente em países da África e da Ásia, para onde foram levadas pelos colonizadores ibéricos, o hábito de utilizar as folhas da planta para alimentação, no Brasil, só ocorre na região Norte.

Com a Farinha da mandioca preparam-se cataplasmas emolientes que servem para curar abscessos e outras imflamações, assim como papinhas que ajudam a combater disenterias e diarréias, além de serem bastante nutritivas e por isso, recomendadas aos convalescentes, crianças e idosos.

A farinha multimistura é produzida a partir da mistura de farelo de arroz, trigo, milho e aveia torrados, pó de folha de mandioca, batata-doce, chuchu, nozes, castanhas, farinhas e amidos torrados, leite em pó e germe de trigo. A mistura pode ser usada sem alterar o sabor de receitas tradicionais da culinária brasileira.

Além de nutritiva é também ingrediente importante em inúmeras receitas, então aqui vai uma:

Bolinho de mandioca


Bolinho de mandioca inteiro.jpg


Ingredientes:

1 Kg de mandioca
2 gemas
1 colher (sopa) de margarina
Cheiro verde
Sal, pimenta dedo de moça
Recheio
200 g de carne moída
1 cebola grande picadinha
2 dentes de alho amassados
200 g de mussarela ralada (no ralo grosso)
Cheiro verde
Sal e pimenta à gosto
Ovos e farinha de rosca para empanar
óleo para fritar

Mode de preparo:

Cozinhe a mandioca até quase desmanchar, escorra e retire aquelas fibras grossas e amasse com a ajuda de um garfo (não use o processador, pois essa massa é bastante pesada), coloque a massa em uma tigela grande e espere esfriar um pouco, acrescente as duas gemas, a margarina, cheiro verde e temperos, amasse bem e reserve. Para o recheio faça um refogado com a carne moída e deixe que fique bem sequinho, depois de frio acrescente a mussarela ralada.

Montando: molhe as mãos na água e forme os bolinhos, coloque o recheio, feche e empane. Frite em óleo quente. Pode ser congelado, antes de fritar.

tá bom essa não é muito boa pra quem está de regime, certo?

Com fama de calórica, a mandioca costuma ficar longe do nosso prato quando estamos de regime. Ok, a danada tem mesmo culpa no cartório: rica em carboidratos, ela tem 125 calorias em cada 100 gramas. O que você talvez não saiba é que essa raiz é uma das maiores aliadas na luta contra a balança. Estranho? Que nada! A explicação para esse aspecto contraditório é bem simples: como a mandioca tem muita fibra, os carboidratos são transformados em energia beeeem devagarinho. Isso aplaca a fome e regula o intestino, diminuindo drasticamente o inchaço abdominal. É por essas e outras que a mandioca seca a barriga.

O segredo para agilizar a perda de peso é usar a mandioca como substituta de um alimento do mesmo grupo (arroz, pão, batata ou macarrão, por exemplo). O modo de preparo faz diferença na balança - frita não vale! Prefira consumir a raiz cozida e servida com um fio de azeite. É saudável, gostoso e bem mais leve!

Assim ficou bem melhor...agora é só aproveitar os benefícios de alimento de sabor muito agradável.



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