MALVA

O chá de malva conhecido cientificamente como Malva sylvestris , é símbolo de tranqüilidade utilizada pelo gregos há mais de dois milênios.



Cultivada como planta ornamental pela beleza das suas flores, a malva (Malva sylvestris L.) é uma planta pertencente à família das Malváceas, originária da Europa, que pode atingir até cerca de 1 metro de altura. Popularmente, recebe vários nomes, como malva-de-botica, malva-maior ou malva-selvagem. É uma planta usada em fitoterapia e apreciada como hortaliça desde o século VIII a.C. Suas folhas são mais usadas na medicina popular, entretanto, as flores da malva constam das farmacopéias da Itália, França, Alemanha e da Suíça. Além disso, em muitos países da Europa, as flores secas são muito mais consumidas do que as folhas.
Ainda como medicinal, a malva também é aplicada na veterinária, nos casos de prisão de ventre de animais domésticos, principalmente em cães.
A planta contém mucilagens, antocianina, tanino e um óleo essencial volátil com propriedades calmantes, emolientes e laxativas. O uso da malva é indicado nas inflamações da boca (aftas e gengivites) e garganta, principalmente na forma de gargarejos. O chá é usado em casos de prisão de ventre, úlceras e gastrite. Na forma de emplastro, a malva é recomendada para tratar abcessos e as compressas feitas com as folhas são consideradas ótimas para aliviar queimaduras de sol.

Indicações: abscesso, afta, bronquite, catarro, cicatrização, faringite, furúnculo, gastrite, infecção (boca, garganta, laringite, protege tecido inflamado e irritado), irritação nos olhos e ouvidos, mau hálito, pele (erupção, dermatose, lesão nas mucosas, reduz secreções, hidratante, protege e suaviza), picada de inseto, tosse, úlcera.


MITOS E LENDAS:



Na Itália renascentista, a malva era considerada um remédio para todos os males. Suas flores entravam no preparo de um chá usado nos conventos como anafrodisíaco, ou seja, como "amansador" do desejo sexual. Na Antigüidade, acreditava-se que uma poção à base de sumo de malva evitava as indisposições durante todo o dia. Já os pitagóricos consideravam-na uma planta sagrada, que libertava o espírito da escravidão das paixões. Carlos Magno apreciava a malva como planta ornamental, em seus jardins imperiais.